Lá pela metade dos anos 1970, um bando de jovens cabeludos bateu à porta de uma casa na Rua Tiradentes, no bairro Floresta, em Porto Alegre. Quase todos vestiam túnicas de algodão e calçavam sandálias de couro, acompanhando a moda hippie da época. Estavam atrás de uma senhora que, naquele endereço, fazia mapa astral e ensinava astrologia – àquela altura, o tema já fazia parte das conversas cotidianas da galera.
Com mais de 10 mil mapas astrológicos produzidos ao longo de 78 anos de existência, Emma de Mascheville, a dona Emy, desenvolveu uma doutrina sobre a relação do cosmos com a vida humana com um olhar pessoal e intransferível, com base não apenas em estudos teóricos, mas, principalmente, a partir da própria vivência, repleta de acontecimentos inesperados e desafiadores.
Parte da vida e do pensamento de Emma de Mascheville está reunida no livro O Que o Céu e os Homens Me Ensinaram – Astrologia Para a Era de Aquário, edição independente organizada por Amanda Costa, com produção editorial de Antonio Carlos Bola Harres (ambos discípulos de dona Emy).
Não bastasse ter formado uma geração de astrólogos – além de Bola e Amanda, dela também fazem parte Graça Medeiros, Lídia Fontoura, Cláudia Lisboa e Fábio Mentz, entre outros –, dona Emy contribuiu para o engrandecimento da vida espiritual e cultural de Porto Alegre, graças à dimensão singular de sua figura humana.
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