O Espaço Cultural 512, uma das principais casas noturnas de Porto Alegre, está à venda. Embora conte com uma estrutura que abrange três imóveis na Rua João Alfredo, um dos redutos boêmios mais agitados da capital gaúcha, o principal ativo do 512 é a sua rica história construída ao longo dos últimos 15 anos, uma trajetória marcada pela identidade com a produção artística de Porto Alegre e a memória afetiva de seus fiéis frequentadores. Essa história é contada neste texto.
Read MoreUma casa noturna abrigada num brique com cadeirinhas e luminárias penduradas no teto e nas paredes dominou as baladas da Cidade Baixa na segunda metade da década de 2000. Aberto em 2007, o Pé Palito foi soberano na cena boêmia durante sete anos, apostando num trilha sonora elaborada com ritmos brasileiros, como samba, samba rock, axé, funk carioca e MPB.
As raízes do Pé Palito remontam aos primórdios da cena boêmia contemporânea da Cidade Baixa. Na primeira metade da década de 2000, um grupo de DJs – entre eles, Jovi Medeiros, Damon Meyer e Manoel Canepa, além do próprio Fred – havia criado um movimento de revitalização da música popular brasileira nas pistas de dança de Porto Alegre.
Em pouco tempo, o Pé Palito se tornou a principal referência de casa noturna na João Alfredo, lotando sempre aos fins de semana e vésperas de feriados.
Grande parte do sucesso do Pé Palito se deveu à boa organização da danceteria. As atribuições eram divididas de acordo com as virtudes de cada um dos sócios. Marcos cuidava da estrutura física da casa, que conhecia muito bem, uma vez que havia morado nela praticamente a vida. Com boa capacidade de gestão, Nilo Pinheiro se concentrava na parte administrativa. E Fred atraía e embalava o público com a sensibilidade aguçada de um DJ de talento fora do comum.
Deixou o legado de uma casa noturna bem organizada, que trabalhava num patamar profissional superior em relação às demais de seu tempo, no que se refere à estrutura e ao atendimento, sem falar na indiscutível qualidade musical.
Read MoreO sobrado da Rua Lima e Silva já é familiar para as mulheres que apreciam roupas e acessórios feitos com as mãos e o coração.
No domingo, 11/novembro, a casa que abriga a loja Profana da Cidade Baixa abriu espaço para um evento colaborativo inspirado no conceito de slow fashion e na valorização de toda a cadeia produtiva da moda sustentável. Das duas da tarde às oito da noite, cinco marcas autorais de estilistas gaúchos estiveram reunidas na primeira edição do Bazar Profana.
– Estamos abrindo a casa para novas ideias e eventos. Acreditamos que a Profana deve ser um difusor da cultura de nossa cidade, destaca a proprietária da loja Profana, Simone Moro.
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