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Histórias do samba rock

Delma Gonçalves e Leleco Telles (falecido em 2004) são personagens centrais de uma rica história da cultura popular, que será o tema do Conversa de Rua – Memórias e Releituras do Suingue e Samba Rock do Sul, evento que acontece neste sábado, dia 23/setembro, a partir das 9 da noite, no bar Milonga, na Travessa dos Venezianos, na Cidade Baixa.

As canções e as histórias de vida do suingue – gênero criado por artistas negros gaúchos, na década de 1960 – serão cantadas e contadas por Delma, poetisa e compositora, junto com a cantora Joice Mara e o violonista Pedro Chaves. A condução é do jornalista Paulo César Teixeira, do Rua da MargemDelma e Leleco foram parceiros musicais de Jorge Moacir da Silva, o Bedeu, principal expoente do suingue, que mistura elementos tradicionais do samba com influências da música internacional, como rock, jazz e blues. 

Ele é autor de canções de sucesso nacional na voz de artistas como Bebeto, Wilson Simonal, Originais do Samba, Branca di neve, Jair Rodrigues, Fernanda Abreu. Ultramen e Clube do Balanço, a exemplo de Menina Carolina (com Leleco), Grama Verde e Saudades de Jackson do Pandeiro (essa com Luís Vagner).

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No balanço do suingue

— Por incrível que pareça, muita gente que mora em São Paulo e no Rio de Janeiro acredita que não existem negros no Rio Grande do Sul. De certa forma, a cultura negra do Sul é desconhecida até para quem vive aqui. É como se fôssemos invisíveis.

A constatação é de Kau Azambuja, um dos principais nomes da música negra sulista (fez parte de bandas como Produto Nacional e Senzala), que vai participar do Conversa de Rua neste sábado, 19/agosto, no Milonga, bar da Travessa dos Venezianos, na Cidade Baixa.

A iniciativa é do Rua da Margem, com a mediação do jornalista Paulo César Teixeira, editor do portal. No bate-papo, Kau vai relembrar a sua trajetória de vida e arte e dar canjas musicais.

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É uma brasa, mora?

O domingo é de festa na Cidade Baixa.

À noite, a galera sai de casa para gastar a sola de sandálias e tênis ao som de brasilidades, grooves y otras cositas más no Baile Brasa, que está comemorando seis anos de elegância e malemolência na pista do Espaço Cultural 512.

O Baile Brasa costuma reunir um público geralmente classificado como “alternativo”, formado por artistas, estudantes e profissionais liberais, que acompanha o evento há mais tempo. Em paralelo, atrai uma plateia jovem que descobriu a festa há pouco tempo.

Cerca de 80% dos frequentadores estão na faixa entre 24 e 40 anos, como mostram as pesquisas de público aferidas na página do Baile Brasa no Facebook. Acima de 40 anos, 20% e, abaixo de 24 anos, algo como 0,02%, ou quase nada.

– Estou bem feliz, é um grande barato fazer esse baile e acredito que isso fica evidente para quem está curtindo na pista. Por outro lado, continua a existir o tesão de preparar o repertório e ainda sinto o friozinho na barriga quando a festa está para começar, conclui Kafu.

O Baile Brasa é o ponto alto da carreira de Jorge Luiz Silva Braga, DJ conhecido como Kafu S., que comanda o ritmo da pista, ao lado dos DJs Fausto Barbosa e Wagner Medeiros.

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