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O guardião do sopapo

A história já é quase uma lenda.

Aos 12 anos, Gilberto Amaro do Nascimento, o Giba Giba, tomou nos braços pela primeira vez o sopapo, um tambor de grandes dimensões (1,5 m de altura por 60 cm de diâmetro) produzido a partir de couro de cavalo e troncos de árvores, legado de escravos das charqueadas do século 19.

Historicamente, há registros do ecoar do tambor de timbre grave na região sul do Rio Grande do Sul desde 1826. O certo é que, a partir da década de 1940, foi adotado pelas escolas de samba de Pelotas e Rio Grande.

Quem apresentou o sopapo a Giba Giba foi Boto, um babalorixá de Pelotas, a terra natal do guri.

— Tu vais ser o cara deste instrumento aqui — previu o guia espiritual.

Parte dessa história está contada na exposição Giba Giba – O guardião do sopapo, no Museu Júlio de Castilhos, em Porto Alegre.

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Música e amizade

Arte e vida inspiram as canções de Chico Chico, filho de Cássia Eller, e João Mantuano, parceiros na banda 13.7, que acaba de lançar Medo, primeiro de uma série de singles com as faixas do CD que sairá no segundo semestre pelo selo Toca Discos – Miguel Dias (baixo), Pedro Fonseca (teclados) e Lucas Videla (percussão) completam a formação.

A 13.7 mistura ritmos como samba e blues com pitadas de rock e MPB, além de enquadrar melodias marcadamente brasileiras em andamentos aparentemente desencaixados, como foxtrot ou jazz cigano, o que resulta numa sonoridade singular.

Na moldura dos acordes, aparecem tramas com paisagens e personagens da cena urbana, tão bela e desarmônica quanto um cartão postal ao avesso.

– Falamos de coisas bonitas e também da sujeira e do caos, que são igualmente belos, aponta Chico.

– As composições traduzem o que a gente é, como se fosse uma identidade, acrescenta João.

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