A história já é quase uma lenda.
Aos 12 anos, Gilberto Amaro do Nascimento, o Giba Giba, tomou nos braços pela primeira vez o sopapo, um tambor de grandes dimensões (1,5 m de altura por 60 cm de diâmetro) produzido a partir de couro de cavalo e troncos de árvores, legado de escravos das charqueadas do século 19.
Historicamente, há registros do ecoar do tambor de timbre grave na região sul do Rio Grande do Sul desde 1826. O certo é que, a partir da década de 1940, foi adotado pelas escolas de samba de Pelotas e Rio Grande.
Quem apresentou o sopapo a Giba Giba foi Boto, um babalorixá de Pelotas, a terra natal do guri.
— Tu vais ser o cara deste instrumento aqui — previu o guia espiritual.
Parte dessa história está contada na exposição Giba Giba – O guardião do sopapo, no Museu Júlio de Castilhos, em Porto Alegre.
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